Ontem me foi muito difícil adormecer rebolei para um lado rebolei para o outro e o sono não chegava.
Me levantei e foi para o jardim fumar um cigarro e a noite estava muito escura, mas dava para ver muito bem as estrelas.
Estrelas cadentes nem velas talvez estejam de férias ou simplesmente não quiseram fazer um pequeno festim para me agradar.
Me sentei num dos bancos do meu jardim e relembrei novamente o meu passado.
Que passado mais estranho e mais agitado tu já passas-te e ainda não te das por satisfeito por estares aqui calminho a saborear o teu cigarro?
Tenho dito muitas vezes que não gosto muito de pedir desculpas, mas ontem reparei que se tivesse pedido desculpas não estaria aonde estava.
Talvez estivesse deitado numa cama muito grande com lençóis de cetim e com a minha amada abraçar-te e aquecer o meu corpo ou ainda melhor o meu coração.
Depois de todos estes pensamentos depois de ter fumado o cigarro voltei novamente para a cama e mesmo assim não conseguia adormecer.
Foi buscar a minha caixinha de baú e comecei a esfolhear cartas lidas e relidas ao final de tantos anos.
Quando abro novamente uma carta que estava guardada faz mais de 15 anos.
Olho bem para ela e a releio e nisto estava lá uma foto do meu filho.
Ele com quatro anos parecia um rei cheio de forças á espera que o papa chega-se para lhe poder dar um abraço e irem para os campos brincar como duas crianças.
Mas infelizmente nada disso aconteceu. Foram precisos anos de espera para que tudo acontece-se e voltasse ao normal.
Queria a adormecer a todo o custo e o sono tardava a chegar.
Aos poucos me foi imaginando no meio da floresta aonde tinha plantado a minha primeira semente e a via a crescer até que um dia a semente se tinha transformado numa das plantas mais bonitas que havia no meio da floresta.
Me deitei por baixo dela me enrosquei com o meu próprio corpo e assim adormeci.
UMA NOITE DIFÍCIL O QUE SE PASSA 381
aniversário amor carinho amizade