ASSIM DEI MAIS UMA VOLTINHA DE BARCO
Paula era uma sonhadora.
Sonha em ter uma família sonha em ter filhos sonhava em ser uma mulher feliz sonha em ser uma pessoa realizada.
Paula vivia numa humilde aldeia perto de uma grande cidade e tinha que ir trabalhar de transporte publico.
Um dia reparei nela pela sua simplicidade e timidez de menina que que um dia queria ser uma mulher feliz.
Não era como nos dias de hoje em que vão para os seus empregos em potentes carros, mas naqueles tempos era assim o seu meio de transporte ou apé ou de autocarro.
Um dia a convidei a dar um passeio até ao bom Jesus e ela com a sua timidez não disse que sim nem disse que não.
Teria que ser eu a pedir aos seus pais para ir dar um passeio numa tarde de domingo.
Tantos requisitos para uma coisa tão simples, mas naqueles tempos era mesmo assim.
Lá foi eu pedir aos seus pais para ir dar uma volta ou um passeio até ao bom Jesus e eles com cara de quem repara se servia para poder fazer companhia á sua filha.
Combinamos para o domingo seguinte ir dar um passeio até qualquer lado e conversamos sobre vários temas.
Fomos dar uma voltinha de barco como mandava a tradição e um saquinho de tremoços para poder tirar o nervosismo.
Aos poucos tentei lhe dar um beijo e me declarar como gostava muito dela.
Naqueles tempos não era como os tempos de hoje.
Sabem quanto tempo tive que esperar para lhe poder dar o primeiro beijo?
Se lhe disser nem vão acreditar.
Não vou dizer quanto tempo tive que esperar para poder sentir seus doces lábios.
Ali pairava a tradição e se alguém repara-se em algo fora do normal estava o caldo entornado nunca mais iria ver a Paula.
Velhos tempos que era preciso esperar mais de um mês para poder dar um simples beijo.
VELHOS TEMPOS 381
aniversário amor carinho amizade